O Jornal de Notícias, na sua edição do dia 28/05, publicou uma notícia sob a epígrafe: “Processos à porta do Tribunal de Família”.

O Procurador-Geral Distrital entende dever esclarecer que, no Tribunal de Família e Menores do Porto, apesar das deficientes condições de trabalho, os processos não jazem à porta do edifício.

Sucedeu que um Magistrado em funções nesse Tribunal procedeu a uma limpeza e reorganização do seu gabinete, de modo a dar-lhe maior funcionalidade.
Diversas fotocópias e pastas de arquivo morto, rascunhos de peças processuais foram colocados numa caixa em cartão de modo a que, no dia seguinte, fossem destruídas pela sua inutilidade óbvia.

Os serviços de limpeza, supondo tratar-se de lixo usual, colocaram a dita caixa no exterior do edifício onde os usuais pressurosos denunciadores dos males da justiça foram encontrar este magno desleixo do Tribunal de Família e seus Magistrados.

O Procurador-Geral Distrital entende dever agradecer a quem, com todo o zelo e amor à justiça, prestou um tão grande serviço de interesse público e ao público.

Quando não há notícias, a gente inventa-as!

Porto, 02-06-2011
O Procurador-Geral Distrital do Porto,

(Alberto Pinto Nogueira)