Até sempre, Joana!

 

Faltam as palavras, saber o que dizer sem deslizar para os lugares comuns. A perda e a ausência emudecem-nos, incapacitam, suscitam sentimentos intraduzíveis pelas palavras que desajeitadamente alinhavamos.

 

Mas temos as memórias, tão boas.

 

Do teu comprometimento com a justiça e com o Ministério Público, tão natural quanto inabalável, que foi sempre chão e certeza.

 

De seres uma connosco, mesmo já nossa Procuradora-Geral da República. Simples, sorridente, acessível e próxima. Com que gosto nos visitavas, acorrias aos nossos eventos ou emprestavas com empatia o teu grande saber e a tua vivacidade aos nossos debates e encontros, sempre com acomodação numa agenda saturada…

 

E este Ministério Público que reorganizaste, cuja incomodidade é origem da aspereza e dificuldade dos nossos dias, mas que saberá encontrar-se sempre no teu exemplo de resiliência, competência e firmeza de convicções.

 

Sem outras palavras, Joana, fica deste modo desajeitado, a nossa gratidão.

A lonjura da tua partida será sempre derrotada pelas memórias felizes que nos deixaste.

 

 

 

Norberto Martins

[em nome de TODOS os magistrados do Ministério Público da PgReg Porto]