Por despacho de 07.07.2020, o Ministério Público no Diap da Procuradoria da República de Braga acusou um arguido, imputando-lhe a prática de um crime de homicídio na forma tentada, de um crime de roubo agravado na forma tentada e de um crime de simulação de crime.

O Ministério Público considerou indiciado que o arguido, sabendo que o proprietário do café que frequentava, em Dume, Braga, depois de o encerrar se deslocava para a sua casa de residência, transportando consigo o apuro diário, no dia 09.01.2020, pelas 00h15, fez-lhe uma espera junto a esta casa de residência, sita também em Dume, com o intuito de lhe retirar esse dinheiro; e que dando conta da sua chegada, saiu-lhe ao caminho, derrubou-o ao solo, e com uma navalha que portava consigo desferiu-lhe golpes na face, junto ao pescoço e no tórax.

Diz ainda a acusação que o arguido só não logrou retirar os bens à vítima por esta lhe ter oferecido resistência; e que a vítima só não morreu por ter sido prontamente assistida pelo INEM.

O arguido está ainda acusado de simulação de crime por, na manhã do referido dia 09.01.2020, procurando afastar de si suspeitas da prática dos factos, ter participado perante as autoridades policiais o furto do seu telemóvel que, bem sabia, deixara cair no local durante o recontro com a vítima.