Homicídio qualificado; morte por esganamento; acusação | Ministério Público no Diap da Procuradoria da República de Braga (Guimarães, 1.ª secção)

 


07/09/2020

Por despacho de 28.08.2020, o Ministério Público no Diap da Procuradoria da República de Braga (Guimarães, 1.ª secção) acusou um arguido imputando-lhe a prática de um crime de homicídio qualificado.

 

O Ministério Público considerou que o arguido, residente em Vila Nova de Famalicão, decidiu matar a sua mulher, para o que elaborou um plano para o fazer e para depois da execução dos factos se livrar o corpo e preparou um garrote feito de cum cabo de aço revestido de plástico, um lençol, um cobertor e um conjunto de sacos plásticos grossos e de grandes dimensões.

 

Dando curso ao plano que elaborara, mais indiciou o Ministério Público, no dia 23.03.2020, na garagem da casa de residência, o arguido pediu à vítima que arrumasse a mala do carro, pretensamente para depois aí acondicionarem as compras que iam fazer;  e quando a mesma se encontrava nesta tarefa, acercou-se dela pelas costas, lançou-lhe o garrote ao pescoço e apertou até a mesma desfalecer. 

Descreve a acusação que crendo morta a sua mulher, o arguido a meteu na mala do carro e dirigiu-se com ela para uma outra casa de residência de que tinha disponibilidade, com logradouro resguardado, também sita em Vila Nova de Famalicão, a fim de, conforme planeara, se livrar do corpo; mas que, aí chegado, ao retirar o corpo da mala do carro caiu o garrote que se encontrava à volta do pescoço da vítima e esta, que estava apenas inanimada, recobrou os sentidos e iniciou a gritar, pelo que o arguido a asfixiou tapando-lhe a boca e o nariz, matando-a.

 

O arguido foi interceptado por dois militares da GNR quando fugia desta casa, militares que tinham sido alertado por um vizinho que ouvira os gritos. Encontra-se a aguardar julgamento sujeito a prisão preventiva.